domingo, 27 de dezembro de 2020

Cobra Kai


(Alerta spoiler, ou talvez não)

Amava os filmes do Karatê Kid quando eu era criança, mas nunca imaginei que iria me apaixonar tanto pelo personagem do Johnny Lawrence, o loirão que quebra a perna do Daniel e leva um baita chute na cara depois. 

No final do primeiro filme eu já gostei dele, porque depois de anunciarem a vitória do Daniel ele diz "Você mereceu, você é melhor do que eu!". Na série é incrível ver como esse personagem tem uma jornada dura para conseguir corrigir seus erros e ser alguém melhor.

Aí é que vem a parte realista da série que tirou algumas lições pra mim e por isso a tenho amado tanto. Vamos lá:

Lição número 1: Querer ser alguém melhor e correto é um processo difícil! 
Extremamente difícil! Você precisa lutar contra você constantemente. Ser humilde! Lutar contra as coisas que você acreditava estarem certas, assumir e reconhecer seu erros e fazer tudo de um jeito completamente diferente da forma como você sempre agiu.

Lição número 2: Prepare-se para todos os obstáculos que irão surgir para impedir a sua mudança!
Quando não é alguém do passado querendo forçar a barra falando que você continua o mesmo, é um vício, o desânimo, a falta de reconhecimento dos outros. Até mesmo um velho amigo que não é ruim, mas ele simplesmente não acredita em você. 

Lição número 3: Persistência!
O que eu mais gosto no personagem: ele é imperfeito! Escorrega, recua, mas, ele não desiste! Não importa se tiver que abrir mão de tudo o que conquistou. Ele aceita a derrota, fica triste e segue em frente. 

Lição número 4: "Ataque primeiro! Ataque com força! Sem piedade!" ("Strike First, strike hard, no mercy)
Por mais duro que pareça, no decorrer da série, Johnny Lawrence traz um significado novo para esse lema tão antigo. "Ataque primeiro", não fique esperando as coisas caírem no seu colo, vá atrás! "Ataque com força", seja intencional nas suas ações, não fique melindrado querendo dar a entender o que você realmente gostaria, seja assertivo. "Sem piedade", não olhe o outro como um pobre coitado, ajude ele a ser o seu melhor, ajude ele a ver a força que ele tem dentro de si. 

Bom, não estou ganhando um centavo pra fazer propaganda da série e posso quebrar a cara na próxima temporada porque antes era uma série do YouTube e agora é da Netflix. Mas até aqui tem me ensinado muito. 

Todo começo de ano eu traço apenas uma meta: ser alguém melhor do que eu fui no ano anterior. Doar mais de quem eu sou e do que eu tenho. Foi um ano difícil nesse sentido, fiquei triste, recuei, mas vou continuar seguindo em frente, como o Johnny. 

Hey! Se você leu até aqui, desejo que Deus te abençoe muito e que Ele te ajude muito nos teus sonhos e projetos e todo o mais.

Abração! 
Ly 🥰

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Nudes


Acredito que haja uma forma de falar sobre esse assunto sem julgamentos ou moralismo (quanta fé, né?). Então vamos lá. A ideia é propor uma reflexão a respeito dessa prática e tentar resgatar alguns pontos importantes que precisavam (ou deveria pelo menos) fazer parte da autoestima de cada um. 


O que realmente leva uma pessoa a compartilhar a sua intimidade com outras que, na maioria das vezes, nem deu tempo de criar um elo de confiança para saber se realmente as fotos não serão divulgadas, causando problemas ainda maiores. Cyberbullying, exposição desnecessária e contra a vontade de quem compartilhou  e que já levou até ao suicídio.


Tá Lygia, mas tem como usar o Snapchat e Instagram que apaga a foto rapidinho e pronto. Ah é? Você sabia que tem inúmeras formas de espelhar o App no PC e ferramentas de captura de tela que não notifica que a pessoa gravou essas imagens, como é o caso do Snap? Ter amigos em TI é saber que formas não faltam para gravar essas imagens e outra, quantos vazamentos de famosos ficamos sabendo. Isso acontece.


O ator Terry Crews, quando divulgou a sua história de superação em relação a pornografia disse muitas coisas boas, mas algo que eu destaco é o fato de que quando a pornografia te domina a outra pessoa deixa de ser uma ser-humano e passa a ser partes do corpo que causam excitação. 


Ou seja, a identidade não importa mais e muito menos a humanidade, você é reduzido a algumas partes do seu corpo e uma regra essencial do nudes é 'não pode mostrar o rosto'. Ou seja, é uma live pornográfica onde as pessoas se envolvem através de fotos e conversas sexuais para terem um momento de prazer momentâneo e adeus. Utilitário mais descartável do que isso são os vídeos xxx que você encontra por aí. 


A gente ouve tanto sobre empoderamento e outras ideologias que leva o poder, autonomia e liberdade até o pico do Everest, mas quando eu vejo adolescentes e jovens (e adultos também) envolvidos nessa prática eu questiono, onde fica o seu valor como pessoa empoderada no meio de tudo isso? Outras perguntas:


Além de se colocar em risco, o que isso agrega na sua vida? O quanto você se sente bem consigo e valorizad@ por outra pessoa quando termina aquele momento? O que você realmente gostaria de sentir quando está com alguém?


Pode parecer exagero, mas é porque eu acredito MESMO que tudo o que a gente quer na vida é ser amado e que os outros reconheçam a nossa importância e valor e que nos tratem com respeito. Mas como eu vou alcançar esse tipo de relação compartilhando o que eu tenho de mais meu, que é a minha intimidade? 


Sabe galera, às vezes a gente chega num ponto da vida que acha que não viveu nada, justamente porque a gente não consegue aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer em cada fase e se satisfaz com essas amostras-grátis medíocres de romance descartável, o que muitas vezes só confirma os complexos mais profundos de inferioridade em algo líquido e transitório. Isso é ser empoderad@ mesmo? Sério?


Fica aí um desabafo/reflexão/ deixa eu falar que o seu valor é imenso e você é especial e importante como um todo, mente, alma e corpo e não apenas algumas partes. Pronto falei. 


Abração, amo todos vocês, caso contrário guardaria todos esses pensamentos só pra mim. 🥰


Ly

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

15 anos, sério?


Duas semanas atrás compartilharam uma notícia comigo sobre uma atriz que depois de 40 anos resolveu revelar que havia tido relações íntimas com um cantor bem conhecido de uma banda que particularmente eu abomino, justamente por causa de letras bem repulsivas no início da carreira que falam sobre sexo com menores e açúcar mascavo (entendedores entenderão).

Sobre o cantor, não me surpreendeu nem um pouco, mas sobre a atriz, por que ela esperou 40 anos para falar? Vou dizer o que ela disse. Ela contou que não queria expôr o cantor, muito menos processá-lo ou gerar algum tipo de polêmica que pudesse prejudicar a imagem dele. Muito pelo contrário. Ela queria compartilhar com o mundo a sensação de liberdade e empoderamento feminino que ela teve aos 15 anos de idade ao saber que poderia escolher o homem que fosse para ter relações; mesmo ele tendo 33 anos na época.

Nesse momento, uma "bela" cena passou pela minha cabeça. A primeira, foram os pedófilos aplaudindo de pé e assobiando efusivamente e a segunda, (tão ruim quanto a primeira) foram as meninas de 15 anos, ou menos, muito animadas e realmente achando que, mesmo com os seus corpos ainda não formados (nem sequer o útero), elas têm todo esse empoderamento e liberdade sexual para escolher quem quer que seja, quando e da idade que for.

Eu fico apavorada em pensar nesse tipo de discurso perto do feriado que se aproxima, onde adolescentes e jovens estão saindo para fazer o que bem entendem, com quem bem entendem. Penso nos estados do Norte, na prostituição infantil. Penso no tanto de droga, bebida e esse tal empoderamento nas ideias de gente que nem começou a pagar o primeiro boleto, que ainda sabe muito pouco da vida, que mal aproveitou a infância e já pulou da adolescência para a fase adulta, imaginando que toda essa libertinagem tem alguma coisa a ver com liberdade.

Nas vésperas do Carnaval eu só tenho um pedido: orem e olhem pelas nossas crianças e adolescentes, orem por essa juventude. A vida de verdade passa muito longe do que esse mundo oferece. Tem muita coisa a ser aproveitada que não tem nada a ver com essa folia desvairada e inconsequente. Mês de novembro a gente vê os frutos de toda essa farra, ou não! Minha cunhada trabalha no UTI neonatal, vocês não fazem ideia de quantas meninas morrem ao dar à luz porque o corpo ainda não está formado. Isso vocês nunca verão nas séries e novelas que incentivam a sexualidade precoce.

Empoderamento não tem nada a ver com isso. Aproveitem a melhor fase de todas, a melhor idade dos 15 anos, onde a mente está mais clara e as responsabilidades são mínimas, não inventem pra cabeça de vocês se deem o valor de verdade. Sejam livres para escolher quando e com quem de verdade, mas com alguém que as amem de verdade e estejam dispostos a dar a própria vida por vocês. Com alguém que não precise ficar postando frases lacradoras de amor próprio sem sentido no dia seguinte.

A juventude não foi feita para isso. Conheço meninas de 18 que já viveram tudo e não veem sentido em mais em nada. Vocês têm o mundo nas mãos para alcançar. Amizades para fazer, lugares para conhecer, milhares de coisas para aprender, pessoas para ajudar, sentido de vida para viver. Vida de verdade!

E era isso que eu queria desabafar nessa semana. Sinceramente, para ter alegria e folia precisava de muitos bons motivos para isso: boa saúde, boas escolas, bom ensino, segurança, emprego para todo mundo, menos violência, mais amor. Seria maravilhoso se nesse feriado revertessem todo esse investimento ao que realmente importa. Mas... Realmente, eu não tenho esperanças de um mundo perfeito, contudo, isso não me impede de continuar a orar por ele, tendo esperança que melhore e inclusive pelas lindas princesas de 15 anos que estão se perdendo por aí.

Grande abraço.
Ly :,(