domingo, 17 de julho de 2016

1º de abril pra sempre!


Dia 1º de abril é dia do quê? Dia da mentira! Para alguns todos os 364 dias do ano também são. Que coisa não? 

Faz tempo que eu estou pensando nisso, porque eu trabalho com mentira todos os dias. Os candidatos ou funcionários que eu entrevisto sempre querem enfeitar o pavão um pouco mais. Mas sabe de uma coisa, não são só eles que eu pego na mentirinha também. Porém, esse post não é pra descer a lenha nos outros, porque isso é muito fácil, né? Falar dos outros. Tô aqui de peito aberto pra dizer que eu já fui uma pessoa que bebeu muito dessa água e a vida teve que me nocautear pra eu aprender o que é bom pra tosse. 

Quando eu era adolescente eu me sentia um patinho feio, hoje, amigos dizem que eu era uma bonequinha de porcelana de tão linda, mas não era como eu me sentia. Sinceramente, os motivos para eu me sentir assim não vem ao caso, e eu já trato deles em terapia, quem sabe um dia eu falo sobre isso aqui. 

Mas o caso é, eu mentia pra chuchu. Mentia pra mostrar uma imagem melhor de mim. Dizia que tinha feito coisas sensacionais, acho que até contei que vi um E.T. pra me darem mais bola...kkkk. Além disso, era uma coladora nata. Mas com o tempo algo foi mudando, com a cola mesmo. No terceiro colegial eu comecei a achar aquilo errado e achava que era covardia, porque mostrava que eu era incapaz, e eu era capaz. Muito aliás! Minhas notas em história eram incríveis (e nessa matéria eu nunca colei, primeiro porque eu amava - e amo - e outra, porque meus professores eram super mil). 

Mas enfim, a cola eu superei. A medida que fui ficando grandinha, algumas inseguranças não foram embora. Eu parei de inventar história pra me auto promover, mas eu tinha muito medo de sofrer caso descobrissem que eu fiz alguma cagada. Então, eu mentia pra me livrar de problemas. Meu! Isso é a pior coisa que existe no mundo! Primeiro porque eu ficava me sentindo um verme (e se você faz isso e não se sente um coco, vá revisitar a sua consciência, porque tem coisa errada aí). Segundo... Sempre descobriam e a coisa ficava pior. E mesmo quando não descobriam, o exercício mental, físico e emocional de ficar sustentando aquilo era um verdadeiro martírio. 

Com isso, eu quero dizer o que eu aprendi. Falar a verdade é algo que vai muito além do pacote de benefícios do negócio. Falar a verdade mostra o quanto você tem respeito por outras pessoas e por você mesmo. O quanto você acredita em si e na sua pataca pra lidar com os seus problemas de cara lavada; de chegar e falar: "Eu fiz, e aí? Vai encarar?" (mesmo que tenha que correr pra se esconder debaixo da mesa... haha). Falar a verdade é você pensar no outro, respeitar ele e saber que as suas mentirinhas podem afetar e prejudicar ele também. Mesmo que seja pelo simples fato de deixar ele frustrado: "Poxa vida, eu achei que podia confiar em você". Quando alguém que a gente gosta mente pra gente é osso também, né? Ô se é.

E aí eu te pergunto: Como é que você quer estar consigo? Como é que você quer estar com o outro? E ouso ir mais além, ainda, (se você for uma pessoa crédula como eu) como é que você quer ficar com Deus?

Pelo que, deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo, porque somos parte uns dos outros.” (Efésios 4.25)

Beijos! Até a próxima!

Ly: julho/2016

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