quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Aceita um copo d'água?


Sempre que eu ofereço um copo de água eu costumo misturar água gelada com água normal, ao meu ver (pelo menos), desse jeito a água vai ficar fresca e água fresca é muito bom.

Eu fico pensando se na minha vida eu tenho usado a mesma medida pra não deixar a chaleira ferver e nem a água trincar os dentes e cá pra nós, tô falhando muito nisso.

Tudo é muito intenso ou muito desinteressado. Eu sou ansiosa, quero tudo e quero tudo agora. Por outro lado se vejo que não vai dar, desisto, viro a cara, não quero fazer parte. A mesma coisa acontece com as emoções: muito triste, muito alegre, muito brava. Acho que é por isso que as minhas amigas me chamam de Maria do Bairro.

Eu poderia aplicar esse negócio da água em tantas coisas, mas gostaria de ressaltar apenas uma aqui (e é a que mais me preocupa). Desde a minha adolescência eeeeeu acho que me falta tato com algumas amizades, porque mais cedo ou mais tarde eu devo ter soltado alguma afirmação que fez com que elas tenham virado a cara de modo forever.

Antes da idade adulta era choro e ranger de dentes, hoje, eu viro também. E não se preocupe porque eu não vou mover um mindinho pra que voltemos aa rir ou chorar abraçados. Isso é um problema e muito, muito triste.

Contudo, todavia e porém se por algum milagre alguém corresponder a um "oi", as coisas voltam ao normal e é como se nada tivesse acontecido. No momento oportuno podemos falar sobre isso ou não (talvez pedir desculpas, quem sabe né).

Eu não gosto de enterrar pessoas vivas. Acho que foi isso que Jesus quis dizer quando Ele falou: "Todo o que odeia a seu irmão é homicida." (1 João: 3:15). Adoraria viver em um mundo colorido em que não precisasse haver ódio, e me perdoa se você é uma dessas pessoas que eu fiz isso.

Não é uma desculpa, mas talvez (e eu posso estar bem errada), seja um mecanismo de defesa do meu subconsciente que não quer que eu sofra mais do que o necessário.

Bom, eu queria terminar com uma fechada filosófica extraordinária, mas esse assunto ainda esta em aberto pra mim. O que me ajuda é orar por essas pessoas, e não pra Deus pulverizar essas pessoas ou "reduzir em pedacinhos em Sua misericórdia", mas que eles fiquem bem e que um dia a gente possa se entender. Caso isso não seja possível, que possa haver um copo de água fresca entre a gente pelo menos.

Até a próxima.

Lygia nov/2015

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